por Leonardo Dias
Sucesso de público e vendas de Cd’s e Dvd’s, o forró eletrônico se profissionalizou e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, como também fora dele. Bandas do gênero estão com canções no topo das paradas de sucesso e o cachê de seus shows, chegam a variar de 80 a 180 mil reais. E há ainda bandas, que durante o período junino, chegam a faturar até meio milhão de reais em apenas três apresentações em uma só noite.
Sucesso de público e vendas de Cd’s e Dvd’s, o forró eletrônico se profissionalizou e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, como também fora dele. Bandas do gênero estão com canções no topo das paradas de sucesso e o cachê de seus shows, chegam a variar de 80 a 180 mil reais. E há ainda bandas, que durante o período junino, chegam a faturar até meio milhão de reais em apenas três apresentações em uma só noite.
(Foto: Arquivo/Itnet – Gravação do DVD 360º da Calcinha Preta em Maceió/AL)
Responsáveis por reunir grandes
multidões em verdadeiros espetáculos, o forró eletrônico vem
impulsionado outros estilos musicais, dentre eles o arrocha, axé music, e
principalmente, o sertanejo universitário. A influência que o mesmo
exerce no cenário musical é exemplificada pelo cantor Michel Teló que
regravou a música “Ai se eu te pego”, originalmente um forró eletrônico,
alcançando um certo sucesso fora do Brasil.
Origem
(Show da banda Mastruz com Leite – Foto: R7)
O forró eletrônico nada mais é que uma
variação do ‘autêntico forró’ que utiliza elementos eletrônicos em sua
execução, como o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica com
influências do pop e rock. O estilo surgiu no Brasil na década de 90 com
a banda cearense Mastruz com Leite. Tida como ‘a banda mãe do
segmento’, o grupo foi pioneiro em apresentações de programas de TV em
rede nacional; a participar de micaretas em trio-elétricos; como também a
realizar uma turnê internacional.
Válido ressaltar que a rádio SomZoom
Sat, pertencente ao Empresário Emanuel Gurgel (dono da banda Mastruz com
Leite e outras cinco bandas de forró) foi essencial para a expansão do
gênero musical, já que apostou no segmento até então pouco conhecido, e o
transmitiu em ondas sonoras do rádio que ultrapassaram as fronteiras do
Nordeste.
De olho no novo modelo musical,
empresários da região Nordeste decidiram investir no novo estilo.
Surgiram daí, bandas como a paraibana, Magníficos, a sergipana, Calcinha
Preta, e a pernambucana, Limão com Mel. Bandas essas, que se destacaram
pelo ‘romantismo’ transbordados em suas canções.
Pouco tempo depois surge no estado do
Rio Grande do Norte duas bandas que contribuíram para a ascensão do
cenário forrozeiro, são elas: Cavaleiros do Forró e Saia Rodada.
O demasiado sucesso dos grupos de forró
trouxe à tona a falsa estabilidade dos cantores. Muitos vocalistas no
auge de suas carreiras acabam recebendo propostas de bandas
concorrentes, fato que quando aceito acaba desestruturando a atual
formação da banda. Funciona como um time de futebol.
Anos atrás, o Forró dos Plays e o Forró
do Muído, bandas pertencentes a empresa A3 Entretenimento sofreram
grande baixas no quadro de cantores. Com a saída de Samyra Show dos
Plays (Atual Forró 100%) e das coleguinhas Simone e Simária do Muído
para carreira solo, fizeram o segmento ter um declínio considerado, já
que ambas as bandas estavam em seu auge.
(Wesley Safadão, vocalista da banda Garota Safada – Foto: Divulgação)
A alta competitividade entre bandas do
forró eletrônico sempre foi uma marca do estilo. Marca que ficou ainda
mais evidente com as bandas cearenses Aviões do Forró e Garota Safada.
Com estilos basicamente semelhantes, escancaram uma grande rivalidade no
que se refere a disponibilidade de shows promocionais para download na
internet, bem como a atualização de repertório em suas turnês.
Investimentos
(Vocalistas da banda Aviões do Forró – Foto: Reprodução DVD 2 gravado em Salvador/BA)
A todo o momento empresários realizam
investimentos em suas bandas num só intuito: manter o ritmo em
evidência. Grandes estruturas de palcos, equipamentos de som e ônibus
também não são poupados pelos empresários. As bandas de forró faturam
milhões e geram empregos. Sucesso com a música ‘Você não vale nada mais
eu gosto de você’, na novela Caminhos das índias, em 2009, na TV Globo, o
Calcinha Preta é o grande exemplo disso. A banda conta com 50
funcionários, e todos possuem carteira assinada.
Feito que só consolida a tese de que as
bandas de forró eletrônico são sucesso. Atualmente no Brasil existem
cerca de 3 mil bandas de forró ‘registradas’ segundo um levantamento
promovido pela Associação Brasileira de Bandas de Forró. Destas, apenas
vinte estão com a carreira consolidada a nível nacional.
Considerados verdadeiros fenômenos, as
bandas do forró eletrônico seguem expandindo a sua música para todo o
país, levando alegria e muito forró ao público forrozeiro, além de
influenciar outras inúmeras bandas de vários estilos a trazer um
diferencial a música que pode ocasionar em tempos futuros um sucesso
consolidado.
(Silvânia Aquino e Paulinha Abelha no São João 2009 –Foto: Divulgação)