sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Renata Alves comandará a apresentação do Hoje em Dia em 2015

Por Leonardo Dias 
com informações do Portal R7
                                                                                          (Fotos: Arquivo pessoal)

A Rede Record de Televisão anunciou hoje em nota oficial à imprensa, a nova formação da revista eletrônica matinal da emissora, o Hoje em Dia. O novo formato para 2015 renova o time de apresentadores do programa, que passará a ser comandado pelos apresentadores Cesar Filho, Ana Hickman e a sergipana Renata Alves.
 
Segundo a nota, a mudança do comando do programa acontecerá no dia 12 de janeiro. A nova proposta visa trazer mais dinamismo a programação das manhãs da emissora. Ainda em nota, a direção da Record agradeceu aos antigos apresentadores pelo trabalho prestado até o momento.
 
“A Record agradece o empenho e dedicação de Celso Zucatelli, Chris Flores e Edu Guedes nesses anos à frente do Hoje em Dia. O talento deles ajudou a consolidar a atração nas manhãs da televisão brasileira. Os três continuam integrando o elenco da emissora e estarão inseridos, em breve, em novas atrações”.

As novidades também chegaram à cozinha do Hoje em Dia. Isso porque o cheff Dalton Rangel levará até o telespectador receitas práticas do cotidiano.

De Sergipe para o mundo

A jornalista Renata Alves ficou conhecida em todo o país através de matérias irreverentes apresentadas no Domingo Espetacular. Antes de ter projeção nacional televisiva, Renata atuou como repórter na TV Atalaia, emissora afiliada da Record em Sergipe.

Reportagem de Renata Alves no Domingo Espetacular sobre a invasão de grilos no interior sergipano.

domingo, 23 de novembro de 2014

A nova onda do momento no nordeste: forró ostentação

Por Leonardo Dias
Apresentação do cantor Gabriel Diniz e forró solto na farra (Fotos; divulgação)

E pensar que um dia o forró adotaria o status ostentação que o funk popularizou em todo o país. É isso mesmo, hoje não é difícil ouvir uma composição das novas bandas de forró que não falam de “carrões de luxo, bebidas, mulheres”. Esses itens se tornaram cada vez mais frequentes na nova onda do momento, o novo “forró ostentação”, segmento que vem agradando boa parte dos jovens forrozeiros. 
Gabriel Diniz, considerado no nordeste o rei do forró ostentação

Considerado revelação do novo forró eletrônico, o cantor paraibano Gabriel Diniz vem a cada dia, conquistando os forrozeiros. Nos shows, um repertório pra lá de animado, que agrada a todos os públicos. Nos videoclipes na internet, ele esbanja simpatia com um visual de pinta de playboy. Outro diferencial da carreira do cantor está no repertório atualizado da banda.

Israel Peruano ostentando o helicóptero da banda Cavaleiros do Forró

Do Rio Grande do Norte, a banda veia doida de Natal, Cavaleiros do Forró, ganhou uma nova repaginada e mostrou que ainda tem fôlego para se manter no mercado há mais anos. No vocal, está o cearense Israel Peruano. Talento é pouco para qualificar o cantor que vem lançando grandes sucessos no atual o forró. O mais novo do momento é o “gelo na balada”, hit classificado como o mais executado nas rádios do norte e nordeste brasileiro. Os clipes da banda são gravados em mansões, carros importados e com direito a helicóptero. O estilo ostentação caiu tão bem nos cavaleiros, que a banda chega a fazer no ano, 300 shows. A informação é da assessoria de comunicação.

Elisa durante apresentação da banda Cavalo de Aço

O forró Cavalo de Aço é outra banda do segmento que não deixa de trabalhar o universo da riqueza em suas músicas. A banda que tem nos seus vocais os ex-Cavaleiros do Forró, Eliza e Jailson, chega a faturar por mês cerca de R$ 500 mil. 

Reportagem do Domingo Espetacular, da Record, sobre o forró ostentação

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Cinderela está de volta a TV Jornal/SBT do Recife

Estreia da comediante na programação da TV Jornal/SBT já foi definida

Por Leonardo Dias
(Fotos: Divulgação TV Jornal - SBT / TV Clube - Record)
Figura marcante da televisão pernambucana, o ator Jeison Wallace, popularmente conhecido por “Cinderela”, está mais uma vez migrando de emissora. A informação foi oficializada na noite de ontem pelas plataformas midiáticas da TV Jornal, afiliada do SBT no estado.


O humorista atualmente comanda o “Clube da Cinderela”, atração veiculada de segunda as sextas-feiras, às 13h40, na TV Clube, afiliada da Record em Pernambuco. A novidade ficará por conta do seu retorno a TV Jornal, afiliada ao SBT, emissora onde o pernambucano apresentou o “Papeiro da Cinderela” durante oito anos (2005 e 2013).


Sites especializados no mundo televisivo especulam que a ida de Cinderela para a TV Jornal estaria atrelada a um salário maior. Além disso, a emissora do Sistema Jornal de Comércio de Comunicação (SJCC) estaria disposta a oferecer uma estrutura maior a apresentadora. Isso inclui o retorno de programa ao vivo, o que não ocorre na TV Clube.


A novidade agradou a comediante que logo aceitou o convite e assinou contrato de retorno à emissora. Por meio das redes sociais, a apresentadora comunicou o seu desligamento da emissora do grupo do Diário dos Associados. “Fui muito bem recebida e deixo a Clube com a carteirinha feita e com o sentimento de dever cumprido”, afirmou.


Grande aposta da emissora vice-líder de audiência no estado para 2015, Cinderela reestreará o Papeiro da Cinderela na próxima segunda-feira, 17, às 10h45. Após a contratação do jornalista Luciano Faccioli, ela reforça ainda mais o time de peso da emissora que trabalha no slogan o estado de Pernambuco em 1º lugar.

domingo, 9 de novembro de 2014

"Eu vou pagar pra ver": Xand e Wesley unidos pelo forró eletrônico

 Projeto grandioso promete alavancar ainda mais o ritmo nordestino

Por Leonardo Dias
(Foto: reprodução / Guilhereme CDs)
Mais de meio milhão de visualizações. Este é o número de acessos que a música “Eu vou pagar pra ver”, conseguiu em um mês de lançada no canal You Tube, na internet. O hit forrozeiro que é uma interpretação de Wesley Safadão, cantor da banda Garota Safada, em parceria com o Xand Avião, vocalista do Aviões do Forró, agradou os fãs de ambas as bandas.
(Foto: reprodução / China CDs)
A nova parceria entre os dois dos principais vocalistas do atual cenário forrozeiro pegou muitos internautas de surpresa. Nos blogs especializados no ritmo nordestino, muito se especulou sobre a existência de uma suposta rixa entre os vocalistas. Isso porque em pouco tempo, Wesley obteve certa notoriedade no mercado do forró, conseguindo incomodar o voo dos aviões, garantindo turbulências no voo, voo que até então parecia intacto na corrida pela busca do sucesso dos grupos de forró.
(Foto: reprodução / Instagram)
Por diversas vezes, os cantores das duas bandas chegaram a desmentir os boatos de brigas. Por meio de emissoras de televisão, ou até mesmo de fotos que registraram o encontro dos vocalistas foram postadas nas redes sociais. Em um dos eventos mais consagrados do período junino, o Forró Caju 2014, realizado em Aracaju/SE, Xand teve como convidado em seu show, Wesley. Um show que emocionou cerca de 150 mil pessoas, público forrozeiro presente no evento.

(Cantores cantam no mesmo palco no Forró Caju 2014, em Aracaju/SE)
Novos projetos?

Bom, ao que parece, a boa aceitação do hit “Eu vou pagar pra ver” no meio forrozeiro parece ter aberto portas para um novo projeto das duas bandas cearenses. Um projeto inovador, onde o Aviões e o Garota, irão juntos, levar o forró eletrônico para todo o país. Tudo numa mega estrutura que já está sendo preparada para levar aos forrozeiros de outras regiões do país, o melhor do forró eletrônico atual.

domingo, 26 de outubro de 2014

Forró e sertanejo cada vez mais unidos

Por Leonardo Dias
(Foto: Reprodução / Internet)
Falando em sertanejo, o cantor paraibano Luan Estilizado lançou na última semana, um vídeo clip com a participação de uma das duplas sertanejas de maior expressão do momento no país, Jorge e Mateus. O hit da vez foi “Valeu”, uma regravação do cantor e compositor, Dorival Dantas, que já rendeu ao forrozeiro, mais de 39 mil acessos no You Tube.

Recente música de trabalho de Luan Estilizado, “Valeu” já foi regravada pelo próprio Dorgival, assim como pela banda cearense Aviões do Forró.

No último mês, outras bandas de forró também firmaram parceria com cantores sertanejos. É o caso da banda Aviões do Forró que gravou a música "deixa acontecer" com o cantor Michel Teló, e Calcinha Preta com a dupla Rick & Renner, com o hit "Vê se para".


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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Ana Gouveia anuncia o fim da carreira

Por Leonardo Dias
 
(Foto: divulgação)
Ana Gouveia não irá mais para os vocais da banda Magníficos. Ao contrário do que se especulou, a cantora sergipana anunciou na manhã desta segunda-feira, 13, através das redes sociais, o fim da carreira no cenário forrozeiro. “Comunico aqui com grande alegria que não voltarei mais aos palcos por decidir e reconhecer que meus talentos é um dom de Deus, e só pra honra e glória do nome dele será usado. Me preparei quase 2 anos pra isso”, afirmou.

Na nota divulgada a imprensa e especialmente aos fãs, Ana fez questão de lembrar bandas por onde passou, sem esquecer de agradecer aos empresários por apostar no talento dela. “Quero aqui agradecer a todos os empresários que apostaram em no meu talento em especial a Nelson Nascimento (Cintura fina), Julio Viana (Mulheres Perdidas) e Gilton Andrade (Calcinha Preta), que me ajudaram no cenário do forró”, ressalta. 

Histórico
Ana Gouveia ficou conhecida nacionalmente após integrar a equipe de vocalistas da Calcinha Preta, banda onde trabalhou durante quatro anos. A cantora também teve passagens por bandas como Mulheres Perdidas, Casa Nova, Cartas de Tarô e Farra de Barão, última da carreira.

Relembre sucessos de Ana Gouveia:




domingo, 12 de outubro de 2014

A magnífica contratação do Solteirões do Forró: Walkyria Santos

Por Leonardo Dias
(Fotos: Divulgação)
Nas últimas semanas, muito se especulou no mundo forrozeiro sobre a possível ida de Walkyria Santos, atual vocalista da banda Magníficos, para o grupo cearense Solteirões do Forró. A confirmação da mudança foi feita na madrugada deste domingo, 12, pela própria cantora nas redes sociais. A notícia dividiu bastante opinião entre os fãs.

“Sigo com a banda até o final do mês para cumprir a agenda de shows. Espero contar com o apoio dos meus fãs que me acompanham e torcem pelo meu melhor. Cada show será especial”, afirmou.

A estreia de Walkyria no Solteirões do Forró ao lado de Zé Cantor está marcada para ocorrer no próximo dia 10 de novembro, em Fortaleza/CE, data em que a banda comemora 10 anos de carreira. Até lá, Wal cumpre normalmente as agendas de shows na preferida do Brasil.

Histórico

Esta não é a primeira vez que Walkyria deixa o Magníficos para seguir outro projeto. Em 2000, a forrozeira decidiu em seguir carreira solo.

Natural de Monteiro na Paraíba, Walkyria ficou conhecida no meio forrozeiro pela voz marcante em hits que até hoje são sucesso no país, a exemplo de “Me Usa”, “Verdadeiro Amor”, "Sonhar" e “Preferida do Brasil”. Neste ano, a cantora paraibana completa 20 anos de carreira musical.

Durante a gravação do DVD de 12 anos do Aviões do Forró, neste sábado, 11, em uma casa de show em Fortaleza, Zé Cantor, confirmou a ida de Wal para o Solteirões. Confira no link a seguir a entrevista de Zé ao programa Puxa o Fole, do Diário do Nordeste.

Relembre o sucesso "Me Usa" na voz de Walkyria:




terça-feira, 30 de setembro de 2014

O barco que voa no impulso do fogo

Por Leonardo Dias
Estância, é uma cidade da região Sul de Sergipe, distante 68 km de Aracaju. Há alguns anos, o município foi carinhosamente batizado de "capital brasileira do barco de fogo". Isso porque há mais de 106 anos, o barco movido por um fio de aço e pela força de espadas de fogo, alegra e ilumina ruas estancianas, enriquecendo o ciclo junino do Estado, e mantendo viva uma tradição secular.

(Foto: Reprodução / Folha de Notícias)

Com cerca de um metro de extensão, o barco que é feito com papel colorido e recheado de pólvora,  é preso a um cabo de aço e a dois pedaços de madeira, sendo estendido bem no alto. E é sobre ele que o barco de fogo cruza o céu, em alta velocidade, encantando sergipanos e turistas ano após ano.

No rádio documentário a seguir, desenvolvido por estudantes de jornalismo da Universidade Tiradentes de Sergipe, é possível conhecer um pouco da história, além de como é feito o patrimônio cultural do povo sergipano.  



domingo, 21 de setembro de 2014

O 'forró ostentação' da banda veia doida de Natal-RN

Por Leonardo Dias
O domingo, 7, foi dia de assistir o programa A hora do Faro, da Rede Record, que trouxe uma matéria gravada em Natal/RN sobre os 13 anos de carreira da banda Cavaleiros do Forró. Confesso que a princípio, quando soube da participação da banda do Alex Padang no programa dominical com veiculação para todo o país, fiquei bastante animado. Mas ao assistir a matéria, orgulho não foi o sentimento vivenciado por mim naquele momento.

(Foto: maisresenha.com)
Isso porque o programa abordou o surgimento do segmento 'forró ostentação' em terra potiguares. Onde mais uma vez, ganha espaço nas letras de músicas, a depravação da mulher, incitação a cachaça e a adesão do luxo no convívio social. O mais triste ainda foi ver a história inteira da banda ser resumida na nova formação, que inclui o cantor cearense Peruano. O romantismo que durante vários anos foi característica marcante do grupo foi deixado de lado, assim como a passagem de cantores que levantaram a banda a nível nacional (Elisa e Jailson). 

Ao ser questionado por Faro, sobre qual show foi o mais marcante para a carreira da banda, o cantor Peruano destacou um show em Salvador-BA, onde 60 mil pessoas assistiram a apresentação dos Cavaleiros. O fato é que o recorde de público da gravação do DVD 2 do grupo, na praia de Tambaú/PB, em 2010, parece ter sido ignorado. Show este que foi responsável por reunir um público de nada mais nada menos que 200 mil corações apaixonados.

No programa, Alex Padang chegou a afirmar que a banda realiza cerca de 300 show por ano. O fato é que a cada dia que passa, a banda vem concentrando a sua agenda de shows a poucos estados, o mesmo ocorreu há 13 anos, quando a banda foi lançada. Seria uma crise do novo forró ostentação? Ou seria apenas mais uma fase da banda veia doida de Natal??

Confira a participação do Cavaleiros do Forró, no programa 'A hora do Faro', na Record:
Reprodução: r7.com


terça-feira, 26 de agosto de 2014

E como anda o nosso forró eletrônico?

Por Leonardo Dias

(Foto: Reprodução/ Blog Santa-cruzense)

Pegada envolvente, letras que retratam a depravação de mulheres e incitação ao consumo de bebidas alcoólicas. É neste contexto que se encaixa o atual forró eletrônico. O ritmo que por muito tempo deu lugar a letras ricas de ícones que levaram a um tom refinado de romantismo, responsável por unir corações apaixonados, hoje tem caminhos convergido para o cenário da ostentação - mulher, cachaça. 

A falta de união entre os grupos de forró, talvez, seja um fator que tenha contribuído para a decadência em que o principal segmento musical do do nordeste brasileiro vivencia no momento atual. Muito se pergunta o porque do forró não ter crescido e conquistado o país, assim como ocorreu com o sertanejo universitário. A reposta é simples: a rivalidade entre empresários, cantores e fãs, escancarou uma crise no forró. Hoje, o estilo está engessado, enfrentando uma perda de identidade, que é ratificada pelas grandes influências que vem ganhando do arrocha, sertanejo e samba, que o forró nos últimos cinco anos. 

Quem acompanha atentamente as notícias de bastidores do meio forrozeiro, sabe o quanto surgem especulações envolvendo rixas de vocalistas e grupos musicais a cada semana. O monopólio de produtoras de forró, que determina qual grupo irá predominar em shows da região também é outro fator que causa a queda do estilo. 

O fato, é que há muito tempo que o forró não consegue emplacar uma música no cenário nacional. Hits como : 'Me usa', interpretada pela paraibana Magníficos, 'Saga de um vaqueiro', sucesso na cearense Mastruz com Leite, Você não vale nada, mas eu gosto de você', do Dorgival Dantas, estourada na banda sergipana Calcinha Preta; e 'Correndo atrás de mim', sucesso do Renato Moreno e interpretada pelo Aviões do Forró, são pequenos passos quando se comparado ao número de bandas de forró registradas em todo o país - três mil, segundo levantamento promovido pela Associação Brasileira de Bandas de Forró (ABBF). 

Por esses e outros motivos, difícil mesmo é manter durante décadas a permanência de cantores a frente de grandes bandas. O Calcinha Preta, por exemplo, ganhou um apelido de 'Seleção brasileira do forró', isso porque ao longo dos anos, o casting de cantores é renovado - fator determinado não somente pelo empresário da banda, mas por desejo do cantor -, criando uma escalação de vocalistas ao grupo. Desde formado, em 1996, o Calcinha já integrou nos vocais da banda, cerca de 30 cantores. Todas vozes são bem aproveitadas em um extenso repertório, são 28 CDs, 4 DVDs, e cerca de 15 milhões de cópias vendidas. O grupo mostra que mesmo com as constantes alterações de cantores, consegue se manter em alta no mercado forrozeiro. 

Em contra partida, o grupo Aviões do Forró é sinônimo de planejamento que deu certo. Isso porque há 11 anos, a banda cearense mantém nos vocais os mesmos cantores.  Solange Almeida e Xand Avião são nomes bastante lembrados quando se fala em forró eletrônico. 

Nesta onda de idas e vindas do forró, o que fica é a saudade de grandes cantores em bandas, que durante muito tempo fizeram valer a bandeira do ritmo, deixando como lembrança, belas letras e canções que nos fazem recordar momentos inesquecíveis da vida.

Forró dos Plays: aperta o pause pra se equilibrar

Por Leonardo Dias



Não é novidade alguma para os forrozeiros que o Forró dos Plays tem como característica principal na sua carreira musical: a inovação. A banda ousou em anos anteriores, ao lançar vários hits que apesar de pouco tempo de tralhadas, caíram na boca dos forrozeiros, contribuindo para o sucesso repentino do grupo. É mas parece que o grupo cearense caiu no comodismo, isso por que há mais de um ano que a banda não apresenta nenhuma novidade ao público forrozeiro. 

Criado em 2007, pela produtora A3 Entretenimento, os Plays como também é conhecido, sempre apostou em novidades, e nunca fugiu da proposta inicial: trabalhar o forró de vaquejada numa pegada mais eletrônica, fazendo jus ao movimento que ela compõe. O fato é que após o desligamento da cantora Samyra Show, em 2013, a banda vem caminhando mais para o lado de estilos musicais como o funk, sertanejo e axé, do que propriamente para o forró. 

A estratégia pode ser ratificada como meio de se manter em evidência no mercado. O fato é que a banda parece ter caído no esquecimento da produtora, há mais de um ano a banda não apresenta nenhuma novidade ao público. Isso inclui gravação de DVD, e lançamento de um repertório próprio. 

O resultado negativo desse atual gerenciamento dos Plays, resulta no mau aproveitamento de grandes talentos do forró, como é o caso dos vocalistas Gil Mendes e Doidin de Mossoró, que são cantores com um potencial de voz bacana, mas que acabam se perdendo ao interpretarem hits do momento. 

Boa parte do atual repertorio dos Plays se resume em músicas já trabalhadas por bandas como Garota Safada, Aviões do Forró, e algumas outras do sertanejo universitário. Após a entrada de Gil Mendes aos vocais dos Plays, muitos acreditavam na evolução da banda. Mas o que foi acreditado como esperança, hoje se entende por mesmice.


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Amigos preparam espetáculo em homenagem ao forrozeiro Rogério

Por Leonardo Dias
*Matéria publicada no Portal Infonet
(Fotos: Reprodução / Portal Infonet)

As canções que marcaram a carreira de sucesso de Pedro Rogério Cardoso Barbosa, 47 anos, popularmente conhecido por “Rogério”, serão retratadas por amigos cantores do sergipano no espetáculo ‘Canções no país de Rogério’. O show será apresentado ao público a partir das 21h do próximo dia 13 de agosto, no Teatro Atheneu, em Aracaju.

"A apresentação é uma homenagem de amigos, a grande importância que Rogério tem para a música sergipana. Ele é um patrimônio vivo da nossa cultura que destacou o Estado no cenário nacional, e valorizamos muito isso. Sergipe precisa enxergar seus ídolos, e para nós, Rogério é o nosso ídolo há muito tempo”, relata o cantor e compositor, Mingo Santana.

Participarão do espetáculo os cantores e compositores, Mingo Santana, Tonho Baixinho, Ivan Reis, Valtinho do Acordeon. O show contará ainda com a presença do cantor, compositor e instrumentista pernambucano, autor de 500 composições, Nando Cordel. Juntos, os cantores irão apresentar cerca de 12 sucessos do forrozeiro.

“A canção que irei cantar no espetáculo é a – Eu posso ter – do novo CD do Rogério. Ela fala da poesia que trabalha um aspecto bem semelhante com o que o Rogério está vivenciando hoje. Inclusive essa música foi um pedido do próprio Rogério ainda na UTI, em Aracaju, aonde ele disse para que eu cantasse essa música em todo show que eu fizesse”, conta Mingo.

Os ingressos promocionais para o espetáculo ‘Canções no país de Rogério’ saem pelo valor de R$ 50 reais, e poderão ser adquiridos na Casa do Artista, bilheteria do teatro ou pelo contato (79) 9905-3090. Toda a renda do espetáculo será revertida no auxílio do tratamento do cantor.

Quadro Clínico
(Autor do hit 'Sergipe é o país do forró' continua internado em São Paulo)

O forrozeiro continua internado na ala hepática do Hospital das Clínicas, em São Paulo (SP). De acordo com David Calazans, sobrinho do cantor, o estado de saúde de Rogério é estável, porém sem previsão de alta. O sergipano deu entrada na unidade de saúde da capital paulista no último dia 6, para um tratamento hepático. “Ele está bem, se recuperando e falando. Já está passando por uma série de exames voltada para a próstata, para em seguida iniciar o tratamento na parte hepática que está controlada”, relata.

Mesmo sobre cuidados médicos, o forrozeiro não esconde a vontade de retornar aos palcos, e já mostra alegria no lançamento de seu mais novo CD. “Mostrei o novo disco de Rogério – intitulado de ‘Por do Sol’ – e ele adorou, e já mandou fazer várias cópias, inclusive deu alguns CDs aos médicos. Ele fala muito em fazer shows, está com muita saudade dos palcos”, conta David.

Tratamento

Antes de ir para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, Rogério foi internado por 82 dias no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), na capital sergipana. Após a realização de exames, ficou constatado que o cantor sofre de uma hepatopatia crónica.

Carreira
Natural do município de Estância, no Sul sergipano, Rogério ficou conhecido em todo o país, com as suas canções que potencializam a tradição dos festejos juninos sergipanos. Ele foi o responsável pelo hit “Sergipe é o país do forró” que consagrou o Estado como potência do ritmo mais característico da Região Nordeste.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Em baixa: Taty Girl deixa Solteirões e escancara suposta nova crise no forró

Por Leonardo Dias


Nem mesmo a aproximação dos festejos juninos tem contribuído para que bandas de forró eletrônico sofressem baixas nos casting de cantores. Na última semana, a assessoria de comunicação do grupo cearense Solteirões do Forró, anunciou o desligamento da cantora Taty Girl. A saída da cantora dos vocais do Solteirões, escancarou uma suposta crise no cenário forrozeiro. Isso porque esta não é a primeira perda de um vocal num grupo de forró no ano.
Baixa

No último mês, prestes a gravar o novo DVD do Forró da Curtição, o cantor Iorranes Cavalcante deixou os vocais da banda paraibana. Na época, através de redes sociais, muito se cogitou sobre a saída de Iorranes ter relação com a entrada da cantora Márcia Felipe.

O Forró do Muído também iniciou o ano de 2014 com baixas. A primeira foi em com a saída da cantora Márcia Felipe, que se afastou para licença maternidade e depois não retornou aos vocais da banda cearense. A segunda baixa foi a do cantor Felipe Lemos que estava na banda desde junho de 2013 e decidiu em seguir carreira solo. Márcia Felipe segue firme na sua nova banda, o Forró da Curtição, empresariada pela WS Produções, do cantor Wesley Safadão.
Em janeiro deste ano, os cantores Paulinha Abelha e Marlus Viana deixaram a banda solo, e retornaram aos vocais da banda sergipana Calcinha Preta. O retorno dos cantores ao grupo sergipano promete retomar a história de sucesso focando no romantismo.
Nova saída?

Muito se especula nos bastidores do forró, que o cantor Doidim de Mossoró, estaria insatisfeito com o pouco investimento que vem sendo feito no Forró dos Plays, e pode ser o próximo a deixar os vocais da banda.

Bandas de forró invadem programas de TV nacionais


Somente este ano, nove bandas foram destaque em emissoras de TV nacionais. Calcinha Preta lidera o ranking; Confira a lista.
Por Leonardo Dias
O São João de 2014 nem chegou, e as bandas de forró já são presença constante em programas de TV em rede nacional. A participação de grupos do segmento em programas de TV pode se considerar uma conquista e tanto, já que mesmo sendo considerado popular, o ritmo ainda sofre muito preconceito fora da região Nordeste.

Uma pesquisa promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada pela Revista Época, apontou que o ritmo forró é o quarto mais executado nas rádios de todo o país, com 31%. Ele só fica atrás do sertanejo, que lidera com 58%; MPB com 47% e samba/pagode, com 44%.
Ranking
O Blog Nordeste em Pauta promoveu um levantamento para saber quais bandas de forró e quantas vezes elas foram destaque no cenário nacional por meio de participações em programas de televisão.

Em primeiro lugar está a banda Calcinha Preta que participou de nove programas. São eles o Hoje em Dia (TV Record) ; Encontro com Fátima Bernardes – 2 vezes (TV Globo); Almoço com Estrelas (TV Sampa); Programa do Ratinho e Programa Raul Gil (SBT); Sábado Total; Ritmo Brasil (RedeTV); Os Donos da Bola (Bandeirantes).


Em seguida aparece o cantor Wesley Safadão e a banda Garota Safada com cinco aparições. O Garota participou de programas como o Mais Você e Encontro com Fátima Bernardes / 2 vezes; Altas Horas e Domingão do Faustão (TV Globo);

Logo atrás vem o grupo Aviões do Forró que participou de quatro programas, são eles: Domingo é show e teve uma matéria veiculada no Hoje em Dia (TV Record); Encontro com Fátima Bernardes e Altas Horas (TV Globo);
Bandas como Magníficos; Solteirões do Forró; Forró da Curtição; Simone e Simária, Musa e Dorgival Dantas participaram do programa Encontro com Fátima Bernardes (TV Globo), programa que se destaca por abrir o maior espaço para aparição de bandas de forró.
Destaque
Mas toda essa evidência em programas só foi possível graças ao hit ‘Você não vale nada, mas eu gosto de você’, que foi tema da novela das nove da Rede Globo, Caminhos da Índia. A trilha sonora de composição de Dorgival Dantas e executada pelo Calcinha Preta foi eleito a música do ano  de 2009 pelo Melhores do Ano – do Domingão do Faustão e Troféu Imprensa veiculado no SBT. O hit abriu uma grande lacuna para que bandas de forró fossem respeitadas em programas de TV em rede nacional.
É pelo visto até a chegada dos festejos juninos o forró ganhará um espaço bem maior para mostrar o seu trabalho. E neste sentido, os grupos já passaram a gravas novos CD’s e repertórios promocionais para trabalhar no período.

Obrigação de bandas de forró em se identificar nos hits?


Por Leonardo Dias


Quem ouve uma música de forró eletrônico já deve ter percebido a quase que obrigação das bandas do segmento em se identificar. Esta ação pode ser aplicada em trechos no começo, meio e fim da canção. Mas afinal, porque os hits de forró tem a obrigatoriedade de se identificar? A explicação está lá atrás, há 10 anos, durante o início do movimento eletrônico.

Emanuel Gurgel, criador do movimento forró eletrônico e empresário da banda Mastruz com Leite, foi o idealizador da marca que se consolidou até os dias atuais, e fez do forró, o único estilo musical a adotar a ideia. Quando criou a banda Mastruz com Leite, em 1994, motivou outros empresários a lançarem no mercado da música forrozeira novas bandas. Aos poucos, os grupos foram adotando uma identidade semelhante a do Mastruz com Leite, fator que dificultava distinguir uma banda de outra. Para evitar que o Mastruz tivesse o seu crescimento abafado pela epidemia de novas bandas, Emanuel Gurgel teve a ideia dos seus vocais pronunciassem o nome da banda. Foi aí que surgiram famosos bordões como “É o forró Mastruz com Leite”, “Mastruz é Mastruz”, que fizeram sucesso na voz da cantora Kátia Cilene (ex-Mastruz / atual Forró do Bom).

A estratégia adotada pelo Mastruz, logo passou a ser aceita em outras bandas da época como o Cavalo de Pau, Forró Maior, Limão com Mel, Caviar com Rapadura, Magníficos, Raio da Silibrina, dente outras, e se estendeu até as bandas de tempos atuais, a exemplo do Cavaleiros do Forró, Garota Safada, Aviões do Forró, Desejo de Menina, Bonde do Brasil, Forró dos Plays, Solteirões do Forró e o Calcinha Preta.
Hoje, o contexto da identificação foi alterado, e é utilizado por muitos como tentativa de evitar que bandas reproduzam hits de outras sem a aplicação dos direitos autorias. Mas isso nem sempre ocorre. A estratégia utilizada por bandas de forró é bem vista pelo especialista no gênero, Paulo Soares. "Eu vejo essa ideia como fantástica, é mais que uma estratégia de marketing por dois fatores. Além de evitar que várias bandas se apropriem de canções de outros grupos sem permissão, ela contribui para que as bandas se tornem mais conhecidas do que já são. Por outro lado, ao ouvir um hit no rádio, ao ser pronunciado o nome da banda, vai entrar como osmose no cérebro, e nunca mais iremos esquecer o nome da tal banda”, analisa.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Josa 'O Vaqueiro do Sertão' está longe dos palcos

Aos 85 anos o forrozeiro sofre de alzheimer, mas passa bem



Por Leonardo Dias
*Matéria publicada no Portal Infonet

Foi com mais de 52 anos dedicados a apresentações nos palcos forrozeiros, que o sergipano José Gregório Ribeiro, popularmente conhecido como “Josa, o vaqueiro do Sertão" construiu a sua caminhada no forró. Fã declarado do rei do Baião, Luiz Gonzaga, Josa que completou no último dia 12 de março, 85 anos, deu uma parada na carreira musical após a descoberta de um Alzheimer. Durante entrevista, a filha do cantor, Joseane de Josa, falou sobre momentos marcantes da carreira musical do forrozeiro, que inclui conquistas, amores e vida pessoal.
 
 (Fotos: Leonardo Dias)
De origem humilde e do interior de Sergipe, o filho de lavradores do Povoado Jacaré, em Simão Dias, município distante 100 km de Aracaju, se tornaria em pouco tempo, uma das grandes referências da música popular nordestina. Autor de mais de 300 composições no forró, Josa fez questão de retratar toda a realidade vivenciada em suas composições. “Ele era um montador de cavalo, adorava as lidas do gado, sempre ligado na natureza e com 10 anos já ouvia Luiz Gonzaga. Sempre que ia vender banana na feira livre de Simão Dias ele já ia ouvindo no auto falante achando o rei”, conta Joseane.
Aos 18 anos, Josa decidiu ir ao Rio de Janeiro para seguir carreira militar, mas um acidente mudou os seus planos e fez com que ele investisse na carreira musical. “Ele foi para o serviço militar e depois foi prestar concurso na Guanabara, antiga capital do país, no Rio de Janeiro, e aí concorreu com mil pessoas para a Polícia Militar (PM), passou em 3º lugar, e sempre ouvindo Luiz Gonzaga. E foi na PM que ele ingressou como sargento músico, mais era de clarinete. Só que como ele tinha uma dificuldade na arcaria dentária, o maxilar inferior cobria o superior, estava dando dificultando na sua atuação. Em 1959, ele estava domando um cavalo bravo, e acabou caindo do animal e fraturou a tíbia e o peronho do pé esquerdo. Com essa queda, ele amputou um dedo e se aposentou”.
Aposentado, Josa foi até uma loja de instrumentos musicais localizada rua Uruguaiana, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), e comprou o seu primeiro acordeom. Com o novo instrumento, ele retornou a solo sergipano e passou a tocar forró por todo o Estado. Sempre usando o chapéu de couro, símbolo característico do Vaqueiro. “Painho comprou um acordeom que até hoje está com ele. Em Sergipe ele começou tudo que sabia de clarinete ao acordeom, e se tornou Josa, o vaqueiro do Sertão”.

Foi com inúmeras participações em programas de rádio da época, que Josa conquistou em pouco tempo o seu espaço, e acabou ganhando o seu próprio programa na Rádio Difusora, atual Rádio Aperipê AM. E foi por meio do programa intitulado ‘Nas sombras de uma Jaqueira’, título de canção carro chefe do cantor, que ele conheceu o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Um encontro marcado de histórias e emoções.
“Luiz Gonzaga o rei do Baião, estava hospedado em uma pousada em Caldas de Cipó, na Bahia, e a dona do local ouvia assiduamente todos os dias o programa de Josa no rádio. Então ele ouviu o programa e gostou e disse que queria conhecer esse caboclo. Em seguida telegrafou para painho, e veio conhecer ele aqui em Sergipe. Durante esse encontro, na época, quem estava no auge era o cantor Roberto Carlos, e eles se conheceram na rádio e acabaram se estendendo no horário do programa ao ponto que a rede desligou o sinal do programa de painho. Eles acharam isso um absurdo, e para saíram em manifesto pelas ruas de Aracaju, questionando porque cortaram o rei do baião Luiz Gonzaga para por o do Roberto Carlos. E olhe que era programa de auditório, painho e Luiz foram com a platéia fazer um protesto na frente do Palácio do Governo para questionar isso (risos)”.

LP's
O primeiro disco do sergipano foi um compacto simples, “Fazendo Zabumba”, que contou com a participação de Luiz Gonzaga. O forrozeiro gravou ainda um disco duplo; dois LP’s com 12 músicas cada, além de realizar várias participações em coletâneas no Estado de Sergipe.
No auge de sua carreira musical, ele fez várias tournées e chegou a se apresentar no programa de Abelardo  Barbosa "Chacrinha" no Rio de Janeiro/RJ. Josa também teve suas composições regravadas por cantores respeitados no forró, a exemplo de Clemilda, Alcimar Monterio, Mestre Zinho do Acordeon, Erivaldo de Carira, Zé Américo, Jailson do Acordeon, dentre outros.

Relacionamentos
A vida de Josa foi marcada por vários romances. Ele foi casado por duas vezes e tem nove filhos, sendo quatro fruto do primeiro relacionamento, e cinco do segundo.
Ele também se tornou amigo fiel da sergipana Maria Feliciana, no qual a criou desde os 16 anos. “Ele conheceu ela em um show na cidade de Amparo de São Francisco que painho conheceu uma menina nova que já tinha 2,25m. Ela se chamava Maria Feliciana e não ia a escola enclausurada devido ao seu tamanho pelo contexto daquela época de ficar como uma vitrine, e painho fez o convite ao pai dela para ela deslanchar no basquete, saindo do contexto e tentar uma outra forma de vida. Os pais de Maria deram a tutela a painho e eles vieram para Aracaju Ela me criou durante 8 anos, e painho teve uma temporada de 8 anos com ela”.

Doença
Há 10 anos, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e um Alzheimer tiraram o vaqueiro dos palcos. “Hoje a doença tirou a fala dele, a marcha, e ele não fala mais. A última vez que ele foi aos palcos ele tava com 70 anos; Em nenhum momento eu senti a não aceitação de painho com a doença. Ele é um homem muito de Deus, falava sempre em religião, havia esse respeito, o temor ao senhor. Ele sempre dizia que o homem nasce, cresce, e se desenvolve. Ele entendia esses processos da natureza. - A vida é ilusão, porque tanto orgulho, se todos são abrolhos que se acabam no chão – dizia painho”.


Reconhecimento
Mesmo fora dos palcos, Josa é bastante lembrado pelos sergipanos. E teve o seu trabalho reconhecido em diversas premiações. “Em 1968, houve um encontro dos sanfoneiros aqui em Sergipe para escolher o melhor dos sanfoneiros, e painho recebeu o troféu da sociedade de reconhecimento no forró. Ele também teve a oportunidade de participar do 10º Fórum do Forró de Aracaju e de inclusive ter sido um dos homenageados; Foi homenageado ainda no Troféu Sanfona de Ouro, e de universidades particulares e instituições públicas”.

Josa, o vaqueiro do Sertão
Mas o que Josa sempre procurou na sua vida, foi um cenário igual a sua música – Nas sombras da Jaqueira – e ele encontrou na cidade de Areia Branca, local que residiu por 38 anos. “Ele procurou um lugar que tivesse jaqueira para terminar seus dias e ele encontrou em Areia Branca, que é a propriedade dele, tudo o que dizia a sua música - Nas sombras da Jaqueira – e por 38 anos ele viveu lá, na cidade que ganhou o título de 3ª capital do forró no país. Com a doença, há dois anos ele está morando comigo aqui em Aracaju”.
Bastante emocionada, Joseane encerrou a entrevista falando do que o seu pai representa para a sua vida. “Para mim ele é o patrimônio cultural de Sergipe. Todos os colegas artistas têm muito respeito e amizade a ele, e eu entendo, sou filha suspeita para falar, mas eu entendo que é mérito, porque ele foi um cara que soube fazer a marca dele. Teve a moda do duplo sentido e ele não se corrompeu, e conseguiu se manter naquilo que ele defendia, e para mim ele é símbolo de força e coragem. Ele é um guerreiro e me mostra isso a cada dia nessa revolução de santidade. É o meu orgulho”, finaliza.